Jacó

Filho de Isaque e Rebeca, neto de Abraão e Sara. Tinha um irmão gêmeo, Esaú. Era pastor de ovelhas e, ao contrário de seu irmão, era caseiro. Era preferido por sua mãe, enquanto o pai preferia Esaú. Jacó tinha um caráter deformado, seu nome significa enganador, era ambicioso e oportunista (Gn 25.27-34 e 27.36).

Não obstante tudo isso, recebeu a benção de seu pai, que o aconselhou a não se casar com Cananéia; obedeceu, casando-se com Lia e Raquel (Gn 28.1-5). Além disso, o Senhor lhe apareceu em visão e lhe fez promessas. Foi a primeira experiência real com o Deus de seu avô e pai (Gn 28. 10-22). Sofreu, trabalhando com seu sogro Labão, mas Deus estava lhe forjando o caráter (Gn 29 e 30).

Apreensivo com seu encontro com Esaú, orou ao Senhor, pedindo-lhe proteção (Gn 32.9-12). Após atravessar com a sua família o vale de Jaboque, teve uma experiência marcante com Deus. Ao se mostrar totalmente dependente Dele e com um desejo enorme de mudança, Deus o abençoou. A mudança de nome significaria uma nova jornada, uma vida pautada pela experiência com o Senhor e suas promessas. Uma ferida na coxa o marcaria física e espiritualmente (Gn 32.24-32).

Após tudo isto, Deus já havia quebrantado o coração de Esaú e, após atravessar o vale, os irmãos se encontram. Este encontro se dá de maneira emocionante. O perdão foi liberado, e o laço entre eles reatado (Gn 33.1-15). Era a confirmação da benção do Senhor e sinônimo da mudança de caráter daquele que não seria mais conhecido como Jacó, mas como ISRAEL, que significa “o príncipe que luta com Deus”.

Jacó teve doze filhos e uma filha. Esses filhos se tornariam a nação de Israel, nação escolhida por Deus para cumprir os seus propósitos de Redenção.

Entrou na galeria dos heróis da fé (Hb 11.21), porque creu nas promessas feitas aos seus pais e a ele próprio de que seriam uma grande nação e herdeiro de uma nova terra, percebendo que Jeová estava à frente de tudo (Gn 47.3,4,20) e o mais importante, profetizou sobre o Messias (Gn 49.10).

Jacó foi um exemplo do que Deus pode fazer na vida de um homem, quando há pré-disposição deste à vontade de Deus. Deus não instrumentaliza o errado, mas o transforma e o aperfeiçoa, tornando-o uma grande benção. Antes de criticar a Jacó, devemos olhar para dentro de nós e para nossas ações e tomar a mesma atitude positiva que ele teve: o desejo de mudança e a dependência do Criador.

Graça e Paz!!!

Pr. Vladimir Sales

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